sexta-feira, 11 de setembro de 2009

RED BULL AIR RACE - PORTO/GAIA 12 E 13 SETEMBRO


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São 15 pilotos dos quatro cantos do mundo a desafiar a lei da gravidade sobre o Douro. A etapa Porto-Gaia do campeonato mundial da Red Bull Air Race começa hoje, se as condições meteorológicas o permitirem, com a promessa de arrastar multidões. Pelo terceiro ano consecutivo, a precisão e a perícia dos pilotos vai ser testada num espectáculo cujas personagens principais ganham asas e voam a velocidades superiores a 370 quilómetros por hora.

Está é a penúltima etapa da Red Bull Air Race World Championship, que, durante a temporada 2009, já percorreu o céu dos Emirados Árabes Unidos, da Hungria, do Canadá e dos Estados Unidos da América. No topo da tabela de classificações está o britânico Paul Bonhomme, que contabiliza 42 pontos, seguido de perto pelo austríaco Hannes Arch, o vencedor do campeonato do ano passado, que arrecadou menos um ponto.

Para elevar os níveis de adrenalina dos pilotos e do próprio público, este ano, a Red Bull Air Race Worl Championship chega com novidades (ver texto ao lado). Pela primeira vez, o resultado da corrida de qualificação de hoje vai reflectir-se na atribuição de um ponto ao piloto mais rápido do dia. Nem o nevoeiro que boicotou as sessões de treino dos últimos dias arrefeceu a ansiedade dos pilotos de se lançarem na pista de obstáculos montada no rio Douro. De acordo com Bonhomme, "o principal objectivo para 2009 é a consistência". Hannes Arch promete concentrar-se na manutenção do título conquistado no ano passado.

Terminados os ensaios, arranca, às 13h de hoje, o espectáculo de entretenimento que antecede a qualificação. Acima das muitas cabeças inclinadas em direcção ao céu são esperadas mil e uma piruetas a que os aviões de corrida da Red Bull já habituaram o público.

Qual será a manobra mais arriscada para os pilotos? Luís Garção, especialista em aviação da Red Bull, prefere não falar em manobras arriscadas, mas sim "tecnicamente exigentes". "Todas as manobras, das mais simples às mais exigentes tecnicamente, são treinadas muitas vezes a grandes altitudes de modo a que, progressivamente, sejam feitas a baixa altitude sem nenhum risco", esclarece.

As manobras
Segundo Luís Garção "as manobras básicas na Red Bull são a "faca" e o "meio oito cubano". O voo em faca obriga o piloto a inclinar o avião num ângulo de 90º no momento em que está a passar entre os pórticos assinalados a vermelho. O "meio oito cubano" é muito utilizado para "posicionar o avião na direcção oposta", sendo um "excelente método para ganhar ou diminuir velocidade e altitude". Esta manobra "consiste em três quartos de looping seguido de meio tonneaux", que mais não é do que uma rotação de 360º.

Mas não fica por aqui o rol de piruetas que os protagonistas da "Fórmula 1 dos céus" utilizam nas suas performances. Hoje e amanhã é possível assistir ao já conhecido looping, que é, no entanto, "uma das manobras mais difíceis de executar correctamente"; ao trevo, concretizado em "quatro loopings de modo a desenhar uma figura geométrica semelhante a um trevo"; e à avalanche, manobra "que consiste num looping completo, mas com a particularidade de se efectuar uma rotação de 360º no topo".

Por mais alta que esteja localizada a varanda com vista para o rio, é difícil imaginar a sensação de voar a altas velocidades. Luís Garção garante, no entanto, que "quem tem a oportunidade de
experimentar a arte de ver o planeta de cima nunca mais consegue abdicar desse prazer".

Site Oficial: http://www.redbullairrace.com


Artigo gentilmente roubado em: http://jornal.publico.clix.pt

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